Oh infância,
estreito cárcere,
quantas vezes junto as tuas grades em pranto,
quando fora,
com asas aureas e azuis em vão passava o passáro,
o incógnito.
Há noites de sofreguidão,
nas quais a mão no ferrolho se feria.
já eu sentia no sangue veementes fremirem desejos prematuros.
até que afinal o rompi
e encontrei a liberdade......
mal olhei em derredor
e já me havia escapado,
o mundo era meu
numa centena de ardentes fremitos dissipou-se o dilatado sentimento.
contudo a lembrança muitas vezes me causa magoa.
o doce ilusão das primeiras perplexidades.
quem me dera regressar ao lar como eu era.....
puro e despreucupado
(autor desconhecido)
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